segunda-feira, 30 de maio de 2011
Divulgação de videos e da experiência da APAE dos meus colegas.
1-Cicero Lucas (Turma 305.1) Experiência na APAE:
2-Almira Gonçalves (Turma 305.1) Experiência na APAE:
3-Valdemir Silva(Turma 305.1) Experiência na APAE:
4-Felipe Ferreira(Turma 305.1)Experiência na APAE:
5-Marcos Brito (Turma 305.1) Experiência na APAE:
6-Nathália Vieira(Turma 105.1), Experiência na APAE:
7-Caio Raull (Turma 201.1 ), Vídeo:
8-Karina Macêdo(Turma 106.1), Experiência na APAE:
9-Socrates bacural(Turma 305.1),experiência na APAE:
10-Lorem Krsna (106.1) Experiência na APAE:
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Experiência na APAE
No dia 19/05/2011, fui juntamente com o professor Francisco, da disciplina de O.S.P e alguns colegas para a APAI, passamos o turno da manhã observando atividades realizadas pelos alunos daquela entidade, os quais me chamou muita atenção, pois percebí que apesar das limitações, eles exercem trabalhos brilhantes. Isso serve de incentivo para mim, que estou iniciando este curso.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
fichamento de genética 10
Cárie precoce e severa na infância: uma abordagem integral.
A cárie dental é a doença crônica mais comum na infância, consistindo em um grande problema para a saúde pública mundial. O controle e a reversão de tal doença são possíveis caso seja diagnosticada em estágio inicial, que é a presença de mancha branca no esmalte dental, sem cavidades. Quando a situação clínica envolve cavidades dentárias, há necessidade de tratamento curativo e preventivo, a fim de modificar as condições que levaram ao desenvolvimento da doença cárie. A evolução da doença é capaz de causar grande destruição dos dentes, ou até mesmo sua perda, podendo resultar em complicações locais, sistêmicas, psicológicas e sociais.A doença cárie tem etiologia multifatorial. Desenvolve-se a partir da presença do biofilme dental, que é o responsável por mediar a desmineralização dos tecidos dentários denominados como esmalte e dentina. Para sua ocorrência, há a necessidade da interação de três fatores: microorganismos cariogênicos (Streptococcus mutans), substrato fermentável (como a sacarose) e um hospedeiro vulnerável. A interação desses fatores por um período de tempo propicia o desenvolvimento da doença cárie, que se inicia com o aparecimento de mancha branca opaca, sem cavitação, na superfície do dente, resultante da desmineralização do esmalte dentário.
O sinal clínico inicial da doença cárie na infância é a presença de manchas brancas e opacas, que são áreas desmineralizadas pela presença de biofilme dental. A evolução é o aparecimento de cavidades com perda de estrutura dental que, se não interrompida, pode levar a destruição de toda a coroa do dente e com processos infecciosos radiculares em decorrência da necrose pulpar. Na fase inicial, somente o esmalte dental é afetado e manchas brancas e opacas são visualizadas. O tratamento consiste na mudança de hábitos alimentares, higiene bucal e aplicação tópica de flúor. Se ocorrer a evolução da doença cárie, há o envolvimento da dentina e cavidades serão observadas. Nesse estágio, o tratamento passa a ser restaurador e preventivo. Quando há modificação da dieta e instituição de hábitos de higiene, a dentina anteriormente de consistência clara, amolecida (cárie aguda) e com sintomatologia dolorosa, passa a apresentar uma dentina de coloração escura, consistência endurecida e sem sintomatologia dolorosa, representando uma lesão crônica de cárie dental.
Referências
Estela M. LossoI; Maria Cristina R. TavaresII; Juliana Y. B. da SilvaIII; Cícero de A. UrbanIV
ICirurgiã-dentista. Doutora, Odontopediatria. Professora, Mestrado em Odontologia Clínica, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IICirurgiã-dentista. Mestre, Saúde Coletiva. Professora, Saúde Coletiva, Universidade Positivo, Curitiba, PR. Professora, Odontologia da Infância, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IIICirurgiã-dentista. Mestre, Odontopediatria. Estágio avançado, Odontologia da Infância, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IVMédico. Professor, Mestrado, Odontologia Clínica, Universidade Positivo, Curitiba, PR. Professor, Curso de Medicina, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
A cárie dental é a doença crônica mais comum na infância, consistindo em um grande problema para a saúde pública mundial. O controle e a reversão de tal doença são possíveis caso seja diagnosticada em estágio inicial, que é a presença de mancha branca no esmalte dental, sem cavidades. Quando a situação clínica envolve cavidades dentárias, há necessidade de tratamento curativo e preventivo, a fim de modificar as condições que levaram ao desenvolvimento da doença cárie. A evolução da doença é capaz de causar grande destruição dos dentes, ou até mesmo sua perda, podendo resultar em complicações locais, sistêmicas, psicológicas e sociais.A doença cárie tem etiologia multifatorial. Desenvolve-se a partir da presença do biofilme dental, que é o responsável por mediar a desmineralização dos tecidos dentários denominados como esmalte e dentina. Para sua ocorrência, há a necessidade da interação de três fatores: microorganismos cariogênicos (Streptococcus mutans), substrato fermentável (como a sacarose) e um hospedeiro vulnerável. A interação desses fatores por um período de tempo propicia o desenvolvimento da doença cárie, que se inicia com o aparecimento de mancha branca opaca, sem cavitação, na superfície do dente, resultante da desmineralização do esmalte dentário.
O sinal clínico inicial da doença cárie na infância é a presença de manchas brancas e opacas, que são áreas desmineralizadas pela presença de biofilme dental. A evolução é o aparecimento de cavidades com perda de estrutura dental que, se não interrompida, pode levar a destruição de toda a coroa do dente e com processos infecciosos radiculares em decorrência da necrose pulpar. Na fase inicial, somente o esmalte dental é afetado e manchas brancas e opacas são visualizadas. O tratamento consiste na mudança de hábitos alimentares, higiene bucal e aplicação tópica de flúor. Se ocorrer a evolução da doença cárie, há o envolvimento da dentina e cavidades serão observadas. Nesse estágio, o tratamento passa a ser restaurador e preventivo. Quando há modificação da dieta e instituição de hábitos de higiene, a dentina anteriormente de consistência clara, amolecida (cárie aguda) e com sintomatologia dolorosa, passa a apresentar uma dentina de coloração escura, consistência endurecida e sem sintomatologia dolorosa, representando uma lesão crônica de cárie dental.
Referências
Estela M. LossoI; Maria Cristina R. TavaresII; Juliana Y. B. da SilvaIII; Cícero de A. UrbanIV
ICirurgiã-dentista. Doutora, Odontopediatria. Professora, Mestrado em Odontologia Clínica, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IICirurgiã-dentista. Mestre, Saúde Coletiva. Professora, Saúde Coletiva, Universidade Positivo, Curitiba, PR. Professora, Odontologia da Infância, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IIICirurgiã-dentista. Mestre, Odontopediatria. Estágio avançado, Odontologia da Infância, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
IVMédico. Professor, Mestrado, Odontologia Clínica, Universidade Positivo, Curitiba, PR. Professor, Curso de Medicina, Universidade Positivo, Curitiba, PR.
fichamento de genética 9
Aspectos genéticos e imunológicos da periodontite agressiva.
A periodontite agressiva (PA) é uma doença de destruição rápida do periodonto de sustentação que acomete pacientes sistemicamente saudáveis e tende a ter agregação familiar. O paciente pode apresentar quantidades de cálculo e biofilme dental não compatíveis com a destruição tecidual, elevadas proporções dos periodontopatógenos Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Porphyromonas gingivalis e progressão da perda óssea e de inserção autolimitantes. Entre os aspectos imunológicos envolvidos, anormalidade fagocitária e fenótipos hiper-responsivos de macrófagos, incluindo níveis elevados de prostaglandina E2 e interleucina 1β, estão geralmente, mas não de modo absoluto, presentes.Na presença de foco infeccioso, os linfócitos T secretam interferon-gama, o qual induz macrófagos a ativar a resposta imune celular mediante diversos marcadores, entre eles a neopterina. Portanto, Özmeriç et al. [14] avaliaram o papel desse marcador na patogênese da PA em 29 pacientes periodontalmente saudáveis ou com a doença. Foram realizadas coletas de urina, saliva e fluido crevicular gengival em bolsas profundas. A quantidade de neopterina encontrada na saliva, mas não na urina, foi estatisticamente superior nos pacientes com a doença do que nos do grupo controle. No fluido gengival, a diferença ocorreu em relação à quantidade total de neopterina, mas não a sua concentração líquida. Os autores concluíram que a neopterina está envolvida na PA e que tal conhecimento é importante para o entendimento dos mecanismos da doença periodontal.Na presença do biofilme dental, a susceptibilidade do hospedeiro à PA varia entre regiões, países e etnias. Diferentes teorias têm sido propostas para explicar a maior susceptibilidade de alguns indivíduos à doença, e os estudos genéticos e imunológicos têm assumido papel de grande importância nesse campo.
Referências
Miguel Angel MuñozI; Rafael BaggioI; João Paulo SteffensI; Fábio André SantosII; Gibson Luiz PilattiII
IMestrandos em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
IIDoutores em Periodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (FOAr/Unesp). Professor de Periodontia na UEPG
A periodontite agressiva (PA) é uma doença de destruição rápida do periodonto de sustentação que acomete pacientes sistemicamente saudáveis e tende a ter agregação familiar. O paciente pode apresentar quantidades de cálculo e biofilme dental não compatíveis com a destruição tecidual, elevadas proporções dos periodontopatógenos Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Porphyromonas gingivalis e progressão da perda óssea e de inserção autolimitantes. Entre os aspectos imunológicos envolvidos, anormalidade fagocitária e fenótipos hiper-responsivos de macrófagos, incluindo níveis elevados de prostaglandina E2 e interleucina 1β, estão geralmente, mas não de modo absoluto, presentes.Na presença de foco infeccioso, os linfócitos T secretam interferon-gama, o qual induz macrófagos a ativar a resposta imune celular mediante diversos marcadores, entre eles a neopterina. Portanto, Özmeriç et al. [14] avaliaram o papel desse marcador na patogênese da PA em 29 pacientes periodontalmente saudáveis ou com a doença. Foram realizadas coletas de urina, saliva e fluido crevicular gengival em bolsas profundas. A quantidade de neopterina encontrada na saliva, mas não na urina, foi estatisticamente superior nos pacientes com a doença do que nos do grupo controle. No fluido gengival, a diferença ocorreu em relação à quantidade total de neopterina, mas não a sua concentração líquida. Os autores concluíram que a neopterina está envolvida na PA e que tal conhecimento é importante para o entendimento dos mecanismos da doença periodontal.Na presença do biofilme dental, a susceptibilidade do hospedeiro à PA varia entre regiões, países e etnias. Diferentes teorias têm sido propostas para explicar a maior susceptibilidade de alguns indivíduos à doença, e os estudos genéticos e imunológicos têm assumido papel de grande importância nesse campo.
Referências
Miguel Angel MuñozI; Rafael BaggioI; João Paulo SteffensI; Fábio André SantosII; Gibson Luiz PilattiII
IMestrandos em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
IIDoutores em Periodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista (FOAr/Unesp). Professor de Periodontia na UEPG
fichamento de genética 8
Classificação atual das doenças periodontais.
Adição na classificação das chamadas Doenças Gengivais e lesões induzidas ou não pela placa bacteriana. Esta condição patológica não estava presente no Workshop Mundial em Periodontia Clínica de 198935.
O diagnóstico de gengivite geralmente implica que não ocorreu perda de inserção no periodonto, todavia indivíduos que tiveram suas periodontites tratadas com sucesso podem ter clinicamente um diagnóstico de gengivite, sendo necessário uma demonstração longitudinal de que não houve perda de inserção adicional14.
Características clínicas da gengivite: pode ser caracterizada pela presença de quaisquer dos seguintes sinais clínicos: vermelhidão e edema do tecido gengival, sangramento provocado, mudanças no contorno e na consistência, presença de placa e/ou cálculo, e nenhuma comprovação radiográfica de perda da crista óssea alveolar, a não ser em casos de periodontites tratadas com sucesso29.
O objetivo terapêutico é estabelecer saúde gengival pela eliminação dos fatores etiológicos: placa, cálculo e outros fatores de retenção de placa29.
Uma característica importante da seção de gengivites induzidas por placa é o reconhecimento de que a expressão clínica da gengivite pode ser substancialmente modificada por fatores sistêmicos, como alterações do sistema endócrino; medicamentos e subnutrição. As gengivites e lesões não-induzidas por placa incluem uma extensa gama de desordens que afetam a gengiva e são freqüentemente encontradas na prática clínica4.
No início, o termo "Periodontite do Adulto" criou um dilema no diagnóstico para clínicos. Dados epidemiológicos e experiência clínica sugerem que a forma de periodontite comumente encontrada entre os adultos pode também ser vista em adolescentes24. Se isto é verdade, como podem os adolescentes ter um tipo de periodontite dita do adulto? Claramente, a designação de Periodontite do Adulto idade-dependente criou problemas. A conclusão foi a de que o termo não específico Periodontite Crônica caracteriza melhor esta constelação de doenças periodontais destrutivas. Houve muita discussão quando foram sugeridos os termos Periodontite de Forma Comum e Periodontite do tipo II. O termo Periodontite Crônica foi criticado por alguns participantes visto que uma periodontite crônica pode ser interpretada como não curável por algumas pessoas. Apesar de todas as considerações sobre o longo curso da doença, isto não significa que a doença não responda ao tratamento. Tradicionalmente, esta forma de periodontite é caracterizada por progredir lentamente11, muitas fontes confirmam esta progressão lenta21,23. Porém, existem dados indicando que alguns pacientes podem experimentar períodos curtos de progressão33,16. Então concluíram que a taxa de progressão não deveria ser usada para excluir as pessoas de receber o diagnóstico de Periodontite Crônica4.
O termo Periodontite de Estabelecimento Precoce foi usado pela AAP em 198935 e nas classificações européias de 19936 como uma designação coletiva para um grupo de diferentes doenças periodontais destrutivas que afetam pacientes jovens (periodontites prepubertal, juvenil, e progressiva rápida). Foi assumido logicamente que estas doenças tinham um início precoce, afetando pessoas jovens. Infelizmente, a designação "início precoce" implica em determinação da época do início da periodontopatia.
Referências
Marcos Vinícius Moreira de Castro
- Especialista em Periodontia
Cesário Antonio Duarte
- Livre-Docente pela Faculdade de Odontologia da U.S.P.
Adição na classificação das chamadas Doenças Gengivais e lesões induzidas ou não pela placa bacteriana. Esta condição patológica não estava presente no Workshop Mundial em Periodontia Clínica de 198935.
O diagnóstico de gengivite geralmente implica que não ocorreu perda de inserção no periodonto, todavia indivíduos que tiveram suas periodontites tratadas com sucesso podem ter clinicamente um diagnóstico de gengivite, sendo necessário uma demonstração longitudinal de que não houve perda de inserção adicional14.
Características clínicas da gengivite: pode ser caracterizada pela presença de quaisquer dos seguintes sinais clínicos: vermelhidão e edema do tecido gengival, sangramento provocado, mudanças no contorno e na consistência, presença de placa e/ou cálculo, e nenhuma comprovação radiográfica de perda da crista óssea alveolar, a não ser em casos de periodontites tratadas com sucesso29.
O objetivo terapêutico é estabelecer saúde gengival pela eliminação dos fatores etiológicos: placa, cálculo e outros fatores de retenção de placa29.
Uma característica importante da seção de gengivites induzidas por placa é o reconhecimento de que a expressão clínica da gengivite pode ser substancialmente modificada por fatores sistêmicos, como alterações do sistema endócrino; medicamentos e subnutrição. As gengivites e lesões não-induzidas por placa incluem uma extensa gama de desordens que afetam a gengiva e são freqüentemente encontradas na prática clínica4.
No início, o termo "Periodontite do Adulto" criou um dilema no diagnóstico para clínicos. Dados epidemiológicos e experiência clínica sugerem que a forma de periodontite comumente encontrada entre os adultos pode também ser vista em adolescentes24. Se isto é verdade, como podem os adolescentes ter um tipo de periodontite dita do adulto? Claramente, a designação de Periodontite do Adulto idade-dependente criou problemas. A conclusão foi a de que o termo não específico Periodontite Crônica caracteriza melhor esta constelação de doenças periodontais destrutivas. Houve muita discussão quando foram sugeridos os termos Periodontite de Forma Comum e Periodontite do tipo II. O termo Periodontite Crônica foi criticado por alguns participantes visto que uma periodontite crônica pode ser interpretada como não curável por algumas pessoas. Apesar de todas as considerações sobre o longo curso da doença, isto não significa que a doença não responda ao tratamento. Tradicionalmente, esta forma de periodontite é caracterizada por progredir lentamente11, muitas fontes confirmam esta progressão lenta21,23. Porém, existem dados indicando que alguns pacientes podem experimentar períodos curtos de progressão33,16. Então concluíram que a taxa de progressão não deveria ser usada para excluir as pessoas de receber o diagnóstico de Periodontite Crônica4.
O termo Periodontite de Estabelecimento Precoce foi usado pela AAP em 198935 e nas classificações européias de 19936 como uma designação coletiva para um grupo de diferentes doenças periodontais destrutivas que afetam pacientes jovens (periodontites prepubertal, juvenil, e progressiva rápida). Foi assumido logicamente que estas doenças tinham um início precoce, afetando pessoas jovens. Infelizmente, a designação "início precoce" implica em determinação da época do início da periodontopatia.
Referências
Marcos Vinícius Moreira de Castro
- Especialista em Periodontia
Cesário Antonio Duarte
- Livre-Docente pela Faculdade de Odontologia da U.S.P.
fichamento de genética 7
A etiologia da cárie no estilo de pensamento da ciência odontológica.
Quando se remete o pensamento para a história da cárie, observam-se três momentos distintos de caracterização da doença nas sociedades humanas. Apesar da cárie acompanhar o ser humano desde a sua pré-história, o padrão de adoecer nas comunidades primitivas caracteriza-se por uma doença de baixo impacto populacional, em termos quantitativos e de severidade. Concomitante ao processo "civilizatório", com a introdução de novos hábitos alimentares e de vida, especialmente a partir da crescente industrialização e urbanização, a cárie transforma-se em uma moléstia violenta e de alta prevalência, significando um grave problema de saúde pública. Já na última década do século XX, relata-se outro importante fenômeno no acometimento da doença. A queda da prevalência e severidade, especialmente aos doze anos de idade, indica uma escalada decrescente de valores do índice CPO-D (dentes cariados, perdidos e obturados) . É um dos desafios da odontologia na atualidade: transformar seu pensamento, adaptando-o à nova realidade social da doença.As teorias multicausais para saúde se consolidam nas décadas de 1960/70, quando a crise capitalista obriga a redução de gastos do Estado com as áreas sociais e são observadas as evidentes relações entre elevação dos níveis sociais, urbanos e tecnológicos das sociedades modernas e mudança nos padrões de adoecer e morrer. Há queda no acometimento das doenças infecto-contagiosas e aumento das crônico-degenerativas, além da desigualdade social situada nas diferenças de classe e maior ou menor acometimento de enfermidades. Assim, as interpretações causais que sugerem medidas coletivas baratas de controle das doenças nascem como uma resposta prática, sem tocar no modelo de atenção médica e nas causas estruturais e distinguem-se dos modelos de determinação social. O modelo da tríade ecológica de Leavell & Clark, que ordena as causas dentro de três possíveis categorias ou fatores (agente, hospedeiro e ambiente) e ignora a categoria social do homem, revela-se hegemônico para a área da saúde.
referências
Doris GomesI; Marco Aurélio Da RosII
INúcleo Florianópolis de Bioética, SOEBRAS/FUNORTE. Rua Trajano 265, sobreloja Centro. 88010-010. Florianópolis SC.
IIDepartamento de Saúde Pública, Universidade Federal de Santa Catarina
Quando se remete o pensamento para a história da cárie, observam-se três momentos distintos de caracterização da doença nas sociedades humanas. Apesar da cárie acompanhar o ser humano desde a sua pré-história, o padrão de adoecer nas comunidades primitivas caracteriza-se por uma doença de baixo impacto populacional, em termos quantitativos e de severidade. Concomitante ao processo "civilizatório", com a introdução de novos hábitos alimentares e de vida, especialmente a partir da crescente industrialização e urbanização, a cárie transforma-se em uma moléstia violenta e de alta prevalência, significando um grave problema de saúde pública. Já na última década do século XX, relata-se outro importante fenômeno no acometimento da doença. A queda da prevalência e severidade, especialmente aos doze anos de idade, indica uma escalada decrescente de valores do índice CPO-D (dentes cariados, perdidos e obturados) . É um dos desafios da odontologia na atualidade: transformar seu pensamento, adaptando-o à nova realidade social da doença.As teorias multicausais para saúde se consolidam nas décadas de 1960/70, quando a crise capitalista obriga a redução de gastos do Estado com as áreas sociais e são observadas as evidentes relações entre elevação dos níveis sociais, urbanos e tecnológicos das sociedades modernas e mudança nos padrões de adoecer e morrer. Há queda no acometimento das doenças infecto-contagiosas e aumento das crônico-degenerativas, além da desigualdade social situada nas diferenças de classe e maior ou menor acometimento de enfermidades. Assim, as interpretações causais que sugerem medidas coletivas baratas de controle das doenças nascem como uma resposta prática, sem tocar no modelo de atenção médica e nas causas estruturais e distinguem-se dos modelos de determinação social. O modelo da tríade ecológica de Leavell & Clark, que ordena as causas dentro de três possíveis categorias ou fatores (agente, hospedeiro e ambiente) e ignora a categoria social do homem, revela-se hegemônico para a área da saúde.
referências
Doris GomesI; Marco Aurélio Da RosII
INúcleo Florianópolis de Bioética, SOEBRAS/FUNORTE. Rua Trajano 265, sobreloja Centro. 88010-010. Florianópolis SC.
IIDepartamento de Saúde Pública, Universidade Federal de Santa Catarina
fichamento de genética 6
Mecanismos patogênicos da doença periodontal associada ao diabetes melito.
DIABETES MELITO (DM) É UMA doença crônica caracterizada por deficiência parcial ou total na produção de insulina ou por resistência à sua ação. Isso leva à anormalidade nos metabolismos glícidico, protéico e lipídico, que resultam em hiperglicemia, a qual induz múltiplas anormalidades sistêmicas. Estima-se que, em 2010, aproximadamente 221 milhões de pessoas serão portadoras de DM .
Além das complicações crônicas, como nefropatia, neuropatia e retinopatia, o DM também está relacionado a complicações bucais. A doença periodontal (DP) é a complicação oral mais importante, sendo considerada a sexta complicação clássica do diabetes . Essas doenças apresentam uma associação bidirecional na qual o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal e esta, quando não tratada, piora o controle metabólico do diabetes . Além do seu efeito deletério sobre a saúde oral e controle glicêmico, vários estudos têm demonstrado associação da doença periodontal com a doença coronariana, outra importante causa de morbidade e mortalidade em diabéticos .
Tendo em vista a importância e gravidade desta complicação e as dúvidas relacionadas à sua patogênese, este trabalho tem por objetivo revisar os conhecimentos recentes e atualizar a classe médica sobre a fisiopatologia da doença periodontal associada ao diabetes melito.
O dente pode ser dividido, de forma didática, em uma porção externa denominada coroa e outra interna embebida no processo alveolar, a raiz . O osso alveolar, estrutura onde os dentes são alojados, é formado predominantemente por colágeno, sialoproteínas, osteopoetinas e proteoglicanos. A camada mais interna do dente, a polpa, contém os nervos e suprimento vascular. A próxima camada, a dentina, é um tecido mineralizado formado pela extensão dos odontoblastos e tecidos conectivos localizados na dentina. O esmalte é uma camada mineralizada que cobre a coroa. O cemento radicular é a substância que cobre a raiz do dente, sendo constituído por tecido conectivo semelhante ao osso. O ligamento periodontal fixa o dente ao processo alveolar, sendo formado por tecido fibroso, células epiteliais e células mesenquimais indiferenciadas. A gengiva, estrutura que cobre o processo alveolar e parte dos dentes é composta principalmente de colágeno, proteoglicanos, fibronectina, osteonectina e elastina. O espaço entre o dente e o epitélio gengival é denominado de sulco gengival, cuja profundidade é determinada pelo ligamento periodontal. A principal função do periodonto (formado pelo cemento radicular, osso alveolar, gengiva e ligamento periodontal) é apoiar os dentes e suportar as forças de oclusão.A doença periodontal é o processo inflamatório que ocorre na gengiva em resposta a antígenos bacterianos da placa dentária que se acumulam ao longo da margem gengival. A placa é um biofilme constituído por bactérias, proteínas salivares e células epiteliais descamadas . Sua manifestação inicial é a gengivite, caracterizada por hiperemia, edema, recessão e sangramento gengival . Se não tratada precocemente, ela pode evoluir para periodontite.
REFERÊNCIAS
Crésio Alves; Juliana Andion; Márcia Brandão; Rafaela Menezes
Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
DIABETES MELITO (DM) É UMA doença crônica caracterizada por deficiência parcial ou total na produção de insulina ou por resistência à sua ação. Isso leva à anormalidade nos metabolismos glícidico, protéico e lipídico, que resultam em hiperglicemia, a qual induz múltiplas anormalidades sistêmicas. Estima-se que, em 2010, aproximadamente 221 milhões de pessoas serão portadoras de DM .
Além das complicações crônicas, como nefropatia, neuropatia e retinopatia, o DM também está relacionado a complicações bucais. A doença periodontal (DP) é a complicação oral mais importante, sendo considerada a sexta complicação clássica do diabetes . Essas doenças apresentam uma associação bidirecional na qual o diabetes favorece o desenvolvimento da doença periodontal e esta, quando não tratada, piora o controle metabólico do diabetes . Além do seu efeito deletério sobre a saúde oral e controle glicêmico, vários estudos têm demonstrado associação da doença periodontal com a doença coronariana, outra importante causa de morbidade e mortalidade em diabéticos .
Tendo em vista a importância e gravidade desta complicação e as dúvidas relacionadas à sua patogênese, este trabalho tem por objetivo revisar os conhecimentos recentes e atualizar a classe médica sobre a fisiopatologia da doença periodontal associada ao diabetes melito.
O dente pode ser dividido, de forma didática, em uma porção externa denominada coroa e outra interna embebida no processo alveolar, a raiz . O osso alveolar, estrutura onde os dentes são alojados, é formado predominantemente por colágeno, sialoproteínas, osteopoetinas e proteoglicanos. A camada mais interna do dente, a polpa, contém os nervos e suprimento vascular. A próxima camada, a dentina, é um tecido mineralizado formado pela extensão dos odontoblastos e tecidos conectivos localizados na dentina. O esmalte é uma camada mineralizada que cobre a coroa. O cemento radicular é a substância que cobre a raiz do dente, sendo constituído por tecido conectivo semelhante ao osso. O ligamento periodontal fixa o dente ao processo alveolar, sendo formado por tecido fibroso, células epiteliais e células mesenquimais indiferenciadas. A gengiva, estrutura que cobre o processo alveolar e parte dos dentes é composta principalmente de colágeno, proteoglicanos, fibronectina, osteonectina e elastina. O espaço entre o dente e o epitélio gengival é denominado de sulco gengival, cuja profundidade é determinada pelo ligamento periodontal. A principal função do periodonto (formado pelo cemento radicular, osso alveolar, gengiva e ligamento periodontal) é apoiar os dentes e suportar as forças de oclusão.A doença periodontal é o processo inflamatório que ocorre na gengiva em resposta a antígenos bacterianos da placa dentária que se acumulam ao longo da margem gengival. A placa é um biofilme constituído por bactérias, proteínas salivares e células epiteliais descamadas . Sua manifestação inicial é a gengivite, caracterizada por hiperemia, edema, recessão e sangramento gengival . Se não tratada precocemente, ela pode evoluir para periodontite.
REFERÊNCIAS
Crésio Alves; Juliana Andion; Márcia Brandão; Rafaela Menezes
Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Entrevista
A entrevistada é Patricia Yoshioka jotta,estudante de pós-graduação da UNICAMP.
Minhas perguntas:
1-o que o levou a se especializar na área de genética?
2-teve algum incentivo?
3-quais são as dificuldades encontradas no curso?
4-o que o motiva a concluir o curso?
5-o que mais chamou atenção nesse curso até agora?
6-quais são seus projetos após concluir o curso?
Respostas de Patrícia Yoshioka Jotta:
1- Desde que entrei na faculdade tive interesse por genética. Achei intrigante conhecer como a genética influenciava o individuo.
2- A Faculdade nos incentiva a realizar iniciação científica e meu doutorado foi consequencia
3- A falta de incentivo para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil.
4- Terminar minha pesquisa e encontrar respostas interessantes
5- As dificuldades e superaçãoes que temos q realizar diariamente para desenvolver a pesquisa no país
6- Realizar pós-doutorado
Patrícia Yoshioka Jotta
Minhas perguntas:
1-o que o levou a se especializar na área de genética?
2-teve algum incentivo?
3-quais são as dificuldades encontradas no curso?
4-o que o motiva a concluir o curso?
5-o que mais chamou atenção nesse curso até agora?
6-quais são seus projetos após concluir o curso?
Respostas de Patrícia Yoshioka Jotta:
1- Desde que entrei na faculdade tive interesse por genética. Achei intrigante conhecer como a genética influenciava o individuo.
2- A Faculdade nos incentiva a realizar iniciação científica e meu doutorado foi consequencia
3- A falta de incentivo para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil.
4- Terminar minha pesquisa e encontrar respostas interessantes
5- As dificuldades e superaçãoes que temos q realizar diariamente para desenvolver a pesquisa no país
6- Realizar pós-doutorado
Patrícia Yoshioka Jotta
ficahamento de genética 5
Panorama nacional do uso da técnica de identificação genética nos serviços oficiais de identificação e a participação do cirurgião-dentista
A análise do DNA pode ser considerada um dos principais progressos técnicos para investigação criminal desde a descoberta das impressões digitais. incorporada à rotina forense pelas polícias de países de primeiro mundo, esta análise começa a ser introduzida no contexto pericial em alguns estados do Brasil. O trabalho objetivou conhecer a realidade brasileira diante desta tecnologia. Foram aplicados questionários nos Institutos de Criminalística e Laboratórios de DNA Forense de 20 estados brasileiros. Por meio dos resultados obtidos no presente estudo, foi possível verificar a grande influência exercida pela técnica de DNA nos processos de identificação. Também foi possível verificar que a diversidade profissional das equipes e a descrição dos procedimentos empregados incorporaram conhecimentos específicos do odontologista, nos exemplos de equipes com a presença do cirurgião-dentista.
Refências
Andréia Moribe Baraldi*, Léa Maria Bezerra de Menezes**, José Pascoal da Silva Júnior***,
Rogério Nogueira Oliveira****
A análise do DNA pode ser considerada um dos principais progressos técnicos para investigação criminal desde a descoberta das impressões digitais. incorporada à rotina forense pelas polícias de países de primeiro mundo, esta análise começa a ser introduzida no contexto pericial em alguns estados do Brasil. O trabalho objetivou conhecer a realidade brasileira diante desta tecnologia. Foram aplicados questionários nos Institutos de Criminalística e Laboratórios de DNA Forense de 20 estados brasileiros. Por meio dos resultados obtidos no presente estudo, foi possível verificar a grande influência exercida pela técnica de DNA nos processos de identificação. Também foi possível verificar que a diversidade profissional das equipes e a descrição dos procedimentos empregados incorporaram conhecimentos específicos do odontologista, nos exemplos de equipes com a presença do cirurgião-dentista.
Refências
Andréia Moribe Baraldi*, Léa Maria Bezerra de Menezes**, José Pascoal da Silva Júnior***,
Rogério Nogueira Oliveira****
fichamento de genética 4
Estudo associa DTM à alteração genética no receptor de estrógeno
O achado pode elucidar a diferença individual quanto à contribuição do hormônio no desenvolvimento da DTM e a influência da genética como fator de predisposição à disfunção. A descoberta contribui ainda como base para estudos em engenharia genética, o que possibilitaria melhores resultados no tratamento dos portadores da DTM.
A disfunção temporomandibular apresenta como sintoma uma dor intensa e desconforto auricular, podendo evoluir para uma completa incapacidade da mandíbula em realizar seus movimentos fisiológicos de mastigação, fala e deglutição.
O tema tem sido uma das linhas de pesquisa da área de Prótese Parcial Removível desde o ano de 1995, pois já é conhecida a grande prevalência da disfunção em mulheres. No entanto, existem diversos fatores que podem atuar na etiologia das disfunções temporomandibulares e, dentre eles, tem-se discutido o papel da oclusão dentária como fator predisponente, desencadeante e perpetuante destas disfunções. Há pessoas que apresentam oclusão totalmente alterada, inclusive pela falta de diversos dentes, e isto se confirma na prevalência de desdentados que são atendidos na clínica de graduação na área de Prótese Parcial Removível.
"Entretanto parece que, contrariando a tendência e o raciocínio etiológico, estes pacientes não apresentam qualquer alteração que admita diagnóstico de DTM. Esses motivos levaram à investigação dos polimorfismos genéticos – alterações em determinadas sequências genéticas que desenvolvem ou não alguma alteração fenotípica – em determinados genes, no caso relacionando-os às disfunções temporomandibulares", explica a professora Célia Marisa Rizzatti-Barbosa.
O fato de a prevalência da DTM ser muito maior nas mulheres direcionou os estudos ao receptor do estrógeno. "Começamos a verificar que parecem existir algumas correlações entre a presença de polimorfismos genéticos e a presença de DTM. Polimorfismos localizados no receptor de estrógeno parecem aumentar o risco das mulheres em desenvolver desordens na articulação temporomandibular", esclarece.
Referências
CÉSAR MAIA, RAQUEL DO CARMO SANTOS
O achado pode elucidar a diferença individual quanto à contribuição do hormônio no desenvolvimento da DTM e a influência da genética como fator de predisposição à disfunção. A descoberta contribui ainda como base para estudos em engenharia genética, o que possibilitaria melhores resultados no tratamento dos portadores da DTM.
A disfunção temporomandibular apresenta como sintoma uma dor intensa e desconforto auricular, podendo evoluir para uma completa incapacidade da mandíbula em realizar seus movimentos fisiológicos de mastigação, fala e deglutição.
O tema tem sido uma das linhas de pesquisa da área de Prótese Parcial Removível desde o ano de 1995, pois já é conhecida a grande prevalência da disfunção em mulheres. No entanto, existem diversos fatores que podem atuar na etiologia das disfunções temporomandibulares e, dentre eles, tem-se discutido o papel da oclusão dentária como fator predisponente, desencadeante e perpetuante destas disfunções. Há pessoas que apresentam oclusão totalmente alterada, inclusive pela falta de diversos dentes, e isto se confirma na prevalência de desdentados que são atendidos na clínica de graduação na área de Prótese Parcial Removível.
"Entretanto parece que, contrariando a tendência e o raciocínio etiológico, estes pacientes não apresentam qualquer alteração que admita diagnóstico de DTM. Esses motivos levaram à investigação dos polimorfismos genéticos – alterações em determinadas sequências genéticas que desenvolvem ou não alguma alteração fenotípica – em determinados genes, no caso relacionando-os às disfunções temporomandibulares", explica a professora Célia Marisa Rizzatti-Barbosa.
O fato de a prevalência da DTM ser muito maior nas mulheres direcionou os estudos ao receptor do estrógeno. "Começamos a verificar que parecem existir algumas correlações entre a presença de polimorfismos genéticos e a presença de DTM. Polimorfismos localizados no receptor de estrógeno parecem aumentar o risco das mulheres em desenvolver desordens na articulação temporomandibular", esclarece.
Referências
CÉSAR MAIA, RAQUEL DO CARMO SANTOS
fichamento de genética 3
Genética voltada para Odontologia
Tudo o que somos: a nossa aparência, os traços da personalidade, a maneira como reagimos nas relações com o mundo físico e outros seres, diferentes ou semelhantes, é o resultado de uma complexa interação, a nível molecular, celular e de organismo, entre o material biológico que herdamos de nossos genitores e o meio ambiente.
Há duas filosofias básicas a adotar com relação às ocorrências que alguém pode encontrar em sua vida: a resignação e a adaptação, ou a rebeldia e tentativa de mudança. É muito provável que haja um substrato genético (mediado por hormônios e outras substâncias) que irá condicionar, em parte, qual das duas atitudes será tomada por uma determinada pessoa, embora o ambiente físico e sócio-cultural, bem como a história individual, também possam influir.
Ambas as filosofias estiveram bem representadas, durante os primeiros anos deste século, entre os geneticistas e pesquisadores de áreas afins. O título de um livro sobre herança publicado em 1974, por Rife, Dados do destino, pode ser mencionado como exemplo para o primeiro tipo de atitude. A decisão sobre ter ou não ter uma doença genética estaria fora do nosso controle. Associada a esta, existia a idéia, arraigada até hoje, de que moléstia hereditária não tem cura.
Referências
- Ciro Reis Rodrigues
- Eduardo Mattos Ponce de Lion
- Frederico Kleinsorge Daibert
- Gustavo Silva Gouvêa
- José Fontes
- Leonardo Pereira Lucas
Tudo o que somos: a nossa aparência, os traços da personalidade, a maneira como reagimos nas relações com o mundo físico e outros seres, diferentes ou semelhantes, é o resultado de uma complexa interação, a nível molecular, celular e de organismo, entre o material biológico que herdamos de nossos genitores e o meio ambiente.
Há duas filosofias básicas a adotar com relação às ocorrências que alguém pode encontrar em sua vida: a resignação e a adaptação, ou a rebeldia e tentativa de mudança. É muito provável que haja um substrato genético (mediado por hormônios e outras substâncias) que irá condicionar, em parte, qual das duas atitudes será tomada por uma determinada pessoa, embora o ambiente físico e sócio-cultural, bem como a história individual, também possam influir.
Ambas as filosofias estiveram bem representadas, durante os primeiros anos deste século, entre os geneticistas e pesquisadores de áreas afins. O título de um livro sobre herança publicado em 1974, por Rife, Dados do destino, pode ser mencionado como exemplo para o primeiro tipo de atitude. A decisão sobre ter ou não ter uma doença genética estaria fora do nosso controle. Associada a esta, existia a idéia, arraigada até hoje, de que moléstia hereditária não tem cura.
Referências
- Ciro Reis Rodrigues
- Eduardo Mattos Ponce de Lion
- Frederico Kleinsorge Daibert
- Gustavo Silva Gouvêa
- José Fontes
- Leonardo Pereira Lucas
ficahamento de genética 2
Aconselhamento Genético: uma ferramenta para melhorar a história familiar da população
Possuir uma doença genética em uma sociedade despreparada para lidar com qualquer coisa diferente dos padrões de beleza e saúde culturalmente estabelecidos, é tarefa das mais difíceis. A atleta Alessandra Januário dos Santos foi cortada - e depois reintegrada- da Seleção Brasileira Infanto-Juvenil de Vôlei após ser avaliada pelos médicos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Motivo? Ela apresenta o traço falciforme, doença genética mais freqüente no Brasil. No Rio de Janeiro, a cada 22 crianças que nascem, uma apresenta o traço. Apesar da atleta não manifestar a doença ( ela apenas possui um fator de risco) , os médicos alegaram que o esforço intenso poderia desencadear problemas graves ou até levá-la a morte. O exemplo de Alessandra demonstra como estamos despreparados para conviver e lidar com estas pessoas que ficam vulneráveis a discriminação social , profissional e muitas vezes familiar.
O especialista em genética médica, Juan Llerena, há 15 anos coordenador do departamento de genética do Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, trabalha com o dia-a-dia dos casais que procuram um planejamento familiar ou por que já tiveram gestações com filhos com alguma doença genética ou a mulher está em idade avançada para a gravidez, no Brasil, depois dos 35 anos. A partir do estudo da história da família o especialista é capaz de identificar os riscos de uma ocorrência ou recorrência de determinada doença e orientar o casal sobre o que pode ser feito diante de uma dificuldade. Infelizmente, apenas uma minoria de casais procura o aconselhamento genético antes de engravidar, o que sempre leva a conseqüências graves.
Referências
Karla Bernardo Montenegro
Possuir uma doença genética em uma sociedade despreparada para lidar com qualquer coisa diferente dos padrões de beleza e saúde culturalmente estabelecidos, é tarefa das mais difíceis. A atleta Alessandra Januário dos Santos foi cortada - e depois reintegrada- da Seleção Brasileira Infanto-Juvenil de Vôlei após ser avaliada pelos médicos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Motivo? Ela apresenta o traço falciforme, doença genética mais freqüente no Brasil. No Rio de Janeiro, a cada 22 crianças que nascem, uma apresenta o traço. Apesar da atleta não manifestar a doença ( ela apenas possui um fator de risco) , os médicos alegaram que o esforço intenso poderia desencadear problemas graves ou até levá-la a morte. O exemplo de Alessandra demonstra como estamos despreparados para conviver e lidar com estas pessoas que ficam vulneráveis a discriminação social , profissional e muitas vezes familiar.
O especialista em genética médica, Juan Llerena, há 15 anos coordenador do departamento de genética do Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, trabalha com o dia-a-dia dos casais que procuram um planejamento familiar ou por que já tiveram gestações com filhos com alguma doença genética ou a mulher está em idade avançada para a gravidez, no Brasil, depois dos 35 anos. A partir do estudo da história da família o especialista é capaz de identificar os riscos de uma ocorrência ou recorrência de determinada doença e orientar o casal sobre o que pode ser feito diante de uma dificuldade. Infelizmente, apenas uma minoria de casais procura o aconselhamento genético antes de engravidar, o que sempre leva a conseqüências graves.
Referências
Karla Bernardo Montenegro
fichamento de genética 1
Anodontia, ausência genética de dentes
A anodontia (ausência de dentes) apresenta padrões de transmissão genética autossômica e heterossômica, que podem atingir ambas dentições, podendo causar modificações na forma e tamanho dos dentes homólogos e sucessores, fato importante no planejamento ortodôntico. Os dentes mais afetados por esta anomalia são: os terceiros molares, incisivos laterais e pré-molares. Quanto à raça, o sexo e a localização, os estudos são divergentes. A anodontia requer uma conduta preventiva por parte dos odontopediatras e ortodontistas, através de exames clínicos e radiográficos completos e detalhados, e requer ainda uma atuação multiprofissional quando associada a outros distúrbios mastigatórios e síndromes faciais, como o lábio leporino e fenda palatina.
A . V .Vieira, odontopediatra, da Universidade de Iowa, E.Unidos afirma que os defeitos genéticos responsáveis pela agenesia dentária estão sendo agora localizados, tanto em ratos como em humanos nos genes MSX1 e PAX9. Em algumas famílias a segregação endeliana pode ser identificada. Múltiplos e heterogêneos devem fazer parte da transmissão dessa anomalia.
Referências: Estácio, Unip
A anodontia (ausência de dentes) apresenta padrões de transmissão genética autossômica e heterossômica, que podem atingir ambas dentições, podendo causar modificações na forma e tamanho dos dentes homólogos e sucessores, fato importante no planejamento ortodôntico. Os dentes mais afetados por esta anomalia são: os terceiros molares, incisivos laterais e pré-molares. Quanto à raça, o sexo e a localização, os estudos são divergentes. A anodontia requer uma conduta preventiva por parte dos odontopediatras e ortodontistas, através de exames clínicos e radiográficos completos e detalhados, e requer ainda uma atuação multiprofissional quando associada a outros distúrbios mastigatórios e síndromes faciais, como o lábio leporino e fenda palatina.
A . V .Vieira, odontopediatra, da Universidade de Iowa, E.Unidos afirma que os defeitos genéticos responsáveis pela agenesia dentária estão sendo agora localizados, tanto em ratos como em humanos nos genes MSX1 e PAX9. Em algumas famílias a segregação endeliana pode ser identificada. Múltiplos e heterogêneos devem fazer parte da transmissão dessa anomalia.
Referências: Estácio, Unip
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