Classificação atual das doenças periodontais.
Adição na classificação das chamadas Doenças Gengivais e lesões induzidas ou não pela placa bacteriana. Esta condição patológica não estava presente no Workshop Mundial em Periodontia Clínica de 198935.
O diagnóstico de gengivite geralmente implica que não ocorreu perda de inserção no periodonto, todavia indivíduos que tiveram suas periodontites tratadas com sucesso podem ter clinicamente um diagnóstico de gengivite, sendo necessário uma demonstração longitudinal de que não houve perda de inserção adicional14.
Características clínicas da gengivite: pode ser caracterizada pela presença de quaisquer dos seguintes sinais clínicos: vermelhidão e edema do tecido gengival, sangramento provocado, mudanças no contorno e na consistência, presença de placa e/ou cálculo, e nenhuma comprovação radiográfica de perda da crista óssea alveolar, a não ser em casos de periodontites tratadas com sucesso29.
O objetivo terapêutico é estabelecer saúde gengival pela eliminação dos fatores etiológicos: placa, cálculo e outros fatores de retenção de placa29.
Uma característica importante da seção de gengivites induzidas por placa é o reconhecimento de que a expressão clínica da gengivite pode ser substancialmente modificada por fatores sistêmicos, como alterações do sistema endócrino; medicamentos e subnutrição. As gengivites e lesões não-induzidas por placa incluem uma extensa gama de desordens que afetam a gengiva e são freqüentemente encontradas na prática clínica4.
No início, o termo "Periodontite do Adulto" criou um dilema no diagnóstico para clínicos. Dados epidemiológicos e experiência clínica sugerem que a forma de periodontite comumente encontrada entre os adultos pode também ser vista em adolescentes24. Se isto é verdade, como podem os adolescentes ter um tipo de periodontite dita do adulto? Claramente, a designação de Periodontite do Adulto idade-dependente criou problemas. A conclusão foi a de que o termo não específico Periodontite Crônica caracteriza melhor esta constelação de doenças periodontais destrutivas. Houve muita discussão quando foram sugeridos os termos Periodontite de Forma Comum e Periodontite do tipo II. O termo Periodontite Crônica foi criticado por alguns participantes visto que uma periodontite crônica pode ser interpretada como não curável por algumas pessoas. Apesar de todas as considerações sobre o longo curso da doença, isto não significa que a doença não responda ao tratamento. Tradicionalmente, esta forma de periodontite é caracterizada por progredir lentamente11, muitas fontes confirmam esta progressão lenta21,23. Porém, existem dados indicando que alguns pacientes podem experimentar períodos curtos de progressão33,16. Então concluíram que a taxa de progressão não deveria ser usada para excluir as pessoas de receber o diagnóstico de Periodontite Crônica4.
O termo Periodontite de Estabelecimento Precoce foi usado pela AAP em 198935 e nas classificações européias de 19936 como uma designação coletiva para um grupo de diferentes doenças periodontais destrutivas que afetam pacientes jovens (periodontites prepubertal, juvenil, e progressiva rápida). Foi assumido logicamente que estas doenças tinham um início precoce, afetando pessoas jovens. Infelizmente, a designação "início precoce" implica em determinação da época do início da periodontopatia.
Referências
Marcos Vinícius Moreira de Castro
- Especialista em Periodontia
Cesário Antonio Duarte
- Livre-Docente pela Faculdade de Odontologia da U.S.P.
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